9 de outubro de 2014

Liberdade

É curioso como um lugar que acabámos de conhecer, que ainda não podemos dizer que nos conhece a nós, nos dá momentos que nos lembram de onde crescemos. O simples acto de olhar pela janela e ver o céu azul imenso que paira sobre os pinheiros verdes me faz lembrar que não foi numa cidade caótica, cheia de prédios altos e de carros a buzinar que me criei, apesar de ter sido esta a minha realidade nos últimos 6 anos; foi num sítio assim, semelhante a este, com céu a perder de vista, o cheiro a relva acabada de cortar, os pássaros a cantarem nos arbustos, o passo vagaroso das pessoas, o ritmo da natureza. Foi num sítio assim que comecei a viver e seguramente que é num sítio assim que gostaria de continuar a viver, a ser feliz. Porque a felicidade também depende muito do sentimento de liberdade e onde existem os prédios altos a tocar o céu a nossa liberdade fica restringida e a nossa felicidade só tem o tamanho da quantidade de céu que conseguimos vislumbrar por entre fendas da densa malha urbana. 

Sem comentários:

Enviar um comentário