27 de julho de 2010

Refúgio

Sinto-me vulnerável,
Demasiado frágil
Para enfrentar este mundo.
Estou instável
E pouco ágil.
Tenho medo de ficar no fundo
E não conseguir sobreviver à tempestade.
Tenho medo de me afogar
Sem descobrir a verdade.
Tenho medo de falhar
E perder a dignidade.

Preciso de um abrigo,
De um refúgio.
Quero fugir ao castigo
Que não deveria suportar.
Quero um sítio
Onde possa descansar.
Tenho de me esconder dos pensamentos
E ignorar os tormentos.
Tenho de escrever
Para não enlouquecer,
Porque por muito que procure,
O meu refúgio está aqui,
No papel onde escrevo
As palavras que desejo.

2 comentários:

  1. Pois! A escrita é a grande confidente, a evasão, a consolação, a amante dourada de quem sente tão intensamente. Assim como os livros que jamais nos deixam ao abandono, pois que nos acompanham nas jornadas mais áridas das nossas vidas.
    Lê, quando tiveres ocasião "A Máquina de Fazer Espanhóis", de Válter Hugo Mãe. Eu gostei muito. Jinhos e boas férias!

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  2. Já estive com esse livro na mão, numa das minhas visitas à FNAC. Da próxima vez que me cruzar com ele, sou capaz de o comprar.

    Obrigada pelo comentário e pela sugestão. =)

    Beijos

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