11 de fevereiro de 2011

Fala

Dás-me o teu silêncio,
mas não é o teu silêncio que quero.
Hoje quero que os meus ouvidos
recordem a tua voz.
Não quero que eles se esqueçam
como é o teu timbre.
Não me dês o teu silêncio,
que hoje eu não o quero.
Prescindo desse tipo de calma.
Hoje quero som.
Quero aquilo de que me privaste.
Quero aquilo que se escondeu.
Hoje não quero o teu silêncio,
porque o teu silêncio é ensurdecedor.
Não me dês mais do mesmo, por favor.
Dá-me palavras,
as tuas palavras.
Sim, hoje quero que fales.
Ainda te lembras como se faz?

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