24 de dezembro de 2010

Dezembro

Já não me lembrava da tua carícia gelada,
em dia cinzento,
cheio de chuva e de vento.
Trouxeste de novo o cheiro a terra molhada,
o conforto de um chá quente,
a saudade de um frio ausente.
Presenteias-me com trovoada,
aquele espectáculo dos céus
quando o juiz se enfurece com os réus.
Para muitos, és época abençoada,
quadra de amor e solidariedade,
mas também pretexto para futilidade.

Meu querido Dezembro, por ti estou encantada,
porque é na tua frieza altiva
que mais me sinto viva.

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