24 de março de 2011

Desconhecimento

Caminhas sem saber
para onde estás a ir.
O teu corpo treme,
mas quase não o consegues sentir.
Tudo te é estranho
e só te apetece fugir.

Nunca trilhaste tal caminho,
nem mesmo em pensamento.
Andas à deriva,
ao sabor do tormento,
até que o teu corpo pede descanso.
E, então, paras por um momento.

Tentas-te recompor,
encontrar a força que te faltava,
mas pareces perder
a sanidade que te restava.

Algures próximo de ti,
uma voz proclamou:
- Sê quem nunca foste.
- Mas eu nem sei quem sou.

1 comentário:

  1. sabes que falta de personalidade, objectivos e sonhos nunca fizeram muito parte de mim... E ALGUÉM AUE ME ESTÁS SEMORE A DIZER: TU, TU ÉS FORTE! mas há dias que me revejo tanto nestas palavras.

    (hoje será um deles?!)

    obrigada, o poema é lindo. parabéns ;)

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